Wednesday, March 19, 2008

Casa Cabeça Negra: loja com sala, cozinha e WC em Braga





É inovadora na distribuição dos espaços, é moderna nos produtos que oferece e é multifacetada nos eventos que organiza: eis a Casa Cabeça Negra. Foi buscar a um nome antigo a autenticidade e a tradição. O projecto é fruto do desejo de empreendedorismo de uma jovem licenciada em Psicologia, especializada em Direcção Comercial e Vendas.

“Queremos e estamos a conseguir ultrapassar o conceito meramente comercial, criando um espaço onde as pessoas se sintam bem” — diz-nos Nádia Dória Ribeiro, referindo os primeiros quatro meses de actividade “assentes na qualidade e na diferença”.

Sabendo que “é difícil contrariar a tendência para as grandes superfícies comerciais”, esta jovem empresária aposta em iniciativas inovadoras, paredes meias com a saída do Bragashopping, pela rua de Santo André. O cliente “pode deliciar-se provando novos sabores da selecção gourmet da cozinha, experimentar a roupa e acessórios de moda de criadores nacionais e estrangeiros e deliciar-se com os cheiros e texturas suaves dos sabonetes e produtos de banho”.

“Sempre tive um gosto pessoal pelo mundo das artes e da moda” — lembra Nádia ao justificar este investimento nascido após dois anos em que andou “a adiar o inadiável, até que encontrei este espaço e me apaixonei por ele”.

Atendendo à conjuntura económica, estamos perante uma atitude corajosa, em que Nádia tem contado com a preciosa ajuda da irmã — Raquel Dória, finalista do curso de Design em Aveiro.

Nádia Dória lançou-se de alma e coração num conceito novo de loja que “tem uma vertente cultural e artística associada ao comércio” e confessa agora que “tem valido a pena, é sempre bom quando trabalhamos num projecto nosso”.

A designação da loja, enriquecida com jardim interior — situada na Rua de Santo André, 93, bem junto à Praça dominada pela estátua a D. Pedro V — remonta ao avô que se dedicava ao comércio de ferragens, num estabelecimento de renome na cidade de Braga, fundado em 1898, no Campo da Vinha.

Do antigo livro de facturas foi recuperado o logótipo, concebido pela irmã, Raquel Dória, responsável pela concepção gráfica e fotográfica deste projecto “onde pontifica o atendimento personalizado próprio do comércio tradicional, mas com carácter de modernidade”



Hoje, a Casa Cabeça Negra é, simbolicamente, “uma casa privada de portas abertas ao público” — prossegue Nádia Dória Ribeiro, que se lançou neste empreendimento em Novembro passado e não parece arrependida. A aposta mais significativa é na moda e acessórios de autor, vocacionados para uma “mulher jovem, elegante e feminina”, que procura exclusividade a preços acessíveis.

A resposta a este desafio foi a escolha de marcas de designers londrinos, cujo estilo inconfundível se harmoniza com o “ambiente cosy e trendy da loja, onde cada peça é exposta como um objecto de arte”. Esta é a estratégia da Casa Cabeça Negra que dispõe, no mesmo espaço, de um leque variado de acessórios de moda e bijutaria de autor, sempre “aberto a novas propostas” de criadores que ali queiram expor os seus trabalhos.

Foi o que aconteceu com a exposição do projecto “Walk the dog”, em Fevereiro. Sobre esse evento, a Nádia afirma que “é gratificante para nós saber que há pessoas que expõem aqui, pela primeira vez, os seus trabalhos”. O sucesso foi de tal ordem que este trio de criadoras se sente agora incentivado “a divulgar o seu trabalho noutros espaços” — destaca a nossa interlocutora.

Na loja, o cliente pode encontrar produtos “diversificados, originais e de qualidade, enquadrados num espaço inspirador, elegante e acolhedor”.

A casa de banho, como em qualquer casa, é o espaço menor, dedicado aos produtos de beleza de marcas portuguesas e inglesas destinadas a quem procura cuidar de si ou oferecer uma prenda requintada. “Possui uma pequena amostra para homem (cerca de 20% dos produtos) e o resto para mulher, do qual destaco a linha de coco da Asquith & Sommerset, muito procurada pelo seu agradável aroma” — refere Nádia Dória. Existe também uma linha unissexo SPA, “com uma fragrância mais suave”.



Na Cozinha, a Casa Cabeça Negra disponibiliza produtos nacionais e internacionais. Nos primeiros, a referência vai para os licores, compotas, azeites e vinagres Afarrobinha, bem como para os patés “La Gondola”. As massas são italianas, as batatas fritas inglesas, os chocolates franceses e belgas e a selecção de chás é variada, destacando-se os ingleses e a conhecida marca Gorreana, dos Açores.

Estamos em Março, o mês da Primavera, e por isso a Casa Cabeça Negra foi decorada com arranjos florais.

Na semana passada, este espaço recebeu uma iniciativa diferente: uma tarde para saborear novos produtos da "cozinha". Experimentar compotas, licores, biscoitos artesanais e outras surpresas… confeccionados por Arminda Costa (www.quelha-branca.blogspot.com).


Para Abril, Nádia Dória prepara já uma exposição de pintura com obras de Júlia Neto, enquanto que o mês de Maio é preenchido com uma exposição mais eclética com trabalhos do Atelier Manga Rosa.

A loja é divulgada através do blog www.casacabecanegra.blogspot.com, que também faculta o conhecimento dos seus criadores, através dos links propostos.

No mesmo blog, manifesta-se a vontade de receber propostas de novos autores nas áreas de joalharia, moda e design. Os seleccionados? “Aqueles cujas peças nos apaixonem e cuja relação qualidade/preço seja exequível”.

Pode visitar a loja de Segunda a Sexta das 10h às 13h e das 14h às 19h 30m. Ao Sábado está aberta desde as 10h até às 19h 30m.

No comments: