Saturday, August 29, 2009

Um ataque para distrair os cidadãos

Veio de onde não se esperava um dos mais violentos ataques ao mandato de Cavaco Silva enquanto Presidente da República.
É a ele que a Constituição da República Portuguesa atribui a missão de ser o garante do regular funcionamento das instituições democráticas.

Ora, o seu mandato acaba de ser posto em causa por um vice-presidente do PSD, quando este vem acusar o Governo socialista de ter uma visão “sovietizada” da sociedade ao querer intervir em “todos os sectores da sociedade portuguesa”.

Cavaco Silva é acusado, desta forma, de apadrinhar um Governo que tem uma “visão clientelar do Estado, não para servir os portugueses mas para servir o próprio Partido Socialista”, desde a banca à comunicação social.

O presidente da República foi também acusado de fechar os olhos e ser cúmplice de um Governo que se encontra “sob suspeita” e permitir que seja minada a autoridade do Estado, corroendo, desta forma as instituições democráticas de cujo regular funcionamento é o primeiro responsável.

O PSD acusou ainda o Presidente da República alimentar uma cooperação estratégica com um primeiro-ministro que mente e tem falta de carácter.

Além de serem afirmações graves, mesmo percebendo que são feitas no contexto pré-eleitoral, inquietam porque são o sintoma de uma estratégia de recurso à insinuação, à maledicência, ao combate político ao seu mais baixo nível, colocando em causa o trabalho e a missão constitucional do Presidente da República.

As dificuldades reconhecidas de apresentar um programa político não justificam o regresso à política da difamação, dos ataques de carácter, que colocam em perigo a acção política de forma elevada com que instituições democráticas como a Presidência da República merecem ser tratadas.

Usar esta linguagem é iniciar um caminho inaceitável para dar resposta eficaz e positiva que os portugueses esperam e merecem face aos desafios e problemas que os portugueses enfrentam.

Os portugueses merecem e exigem um debate sério e responsável, e educado porque o tempo do vale-tudo não consegue estimular os portugueses a vencer a mais séria crise económica do último meio século.

A resposta passa apenas por políticas sérias que devem ser apresentadas neste período pré-eleitoral. Ataques pessoais só podem servir para distrair os portugueses para a ausência de propostas de quem os faz. E esse é mais um truque para ajudar o Governo e esquecer os dramas dos portugueses.

1 comment:

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