Saturday, September 20, 2008

Braga: uma cidade mais feliz



Braga é uma cidade mais feliz e com mais vida, porque este fim-de-semana, um dos seus pulmões, o Parque de Guadalupe voltou a ter vida em abundancia, ao acolher as festas de São Marçal (padroeiro dos Bombeiros) e Nossa Senhora da Piedade ao fim de três décadas de silêncio e apagada vil tristeza.

Quem proporcionou nova vida e alegria ao parque de Guadalupe merece o reconhecimento dos bracarenses.
A Confraria de Nossa Senhora da Guadalupe, a Jovem Cooperante Natureza/Cultura e a Rusga de S. Vicente são os culpados desta bonita iniciativa que tanta falta faz ao coração de Braga para bater com mais ânimo e mergulhar nas suas raízes.

Por iniciativa daquelas entidades, com apoio da Junta de Freguesia, durante este fim-de-semana, o parque de Guadalupe voltou a acolher um leque de actividades de cariz popular e religioso, que noutros tempos marcaram o ritmo da vida daquela parte alta da cidade.

Outra das tradições retomadas que merece o aplauso é a adesão dos bombeiros voluntários à festa do seu padroeiro, dando um invulgar colorido às ruas de Braga na manhã de Domingo, com o andor do padroeiro.



No coração da cidade vibraram de novo tradições que apenas se vão recuperando e vivendo nas aldeias, como são os jogos populares da lata, corrida do saco e quebra do púcaro e ouviram-se os ritmos dos Bombos da Rusga de S. Vicente, os acordes da grande ‘Tuna FP’, as vozes melodiosas do grupo de fados e música tradicional e os sons populares da Rusga de S. Vicente.

O regresso das festas de S. Marçal ao parque de Guadalupe resulta sobretudo da união de boas vontades de várias agremiações e constitui um bom exemplo de que a união de esforços tem muita força e pode proporcionar coisas fantásticas em Braga.

Se outras colectividades derem as mãos, as festas de S. Marçal podem adquirir mais fulgor no próximo ano. Oxalá não falte o engenho e a arte de mais alguns para fazerem forte uma tradição que anima o coração da Cidade dos Arcebispos e estava em risco de morte.

São iniciativas como esta que dão vida em abundância e colorido alegre aos cinzentos e envelhecidos centros históricos das cidades, cada vez mais conhecidos por serem um amontoado de prédios sem vida e sem raízes culturais.

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