Foi afastado em meados de Setembro do cargo de responsável pela assessoria para a Comunicação Social da Presidência da República por decisão de Cavaco Silva.
Ele foi apontado como a fonte da notícia segundo a qual o Presidente suspeitava estar a ser espiado pelo Governo de José Sócrates. Verificou-se, em plena campanha eleitoral que era tudo falso.
Agora, o país ficou estupefacto — ou talvez não — com a manutenção de Fernando Lima na assessoria da Presidência da República, nas mesmas funções que tinha, não no Presidente da República mas no chefe da Casa Civil que fala em nome de Cavaco Silva.
Este assessor foi o responsável — no entender de Cavaco Silva que o afastou do cargo — das acções políticas baixas e das rasteiras que partiram de Belém, com o objectivo de intervir nas eleições para benefício do PSD e descredibilizar José Sócrates e o PS, onde era suposto que reinasse a imparcialidade e respeito pela contenda eleitoral.
Agora, verificamos com a sua manutenção em Belém que somos um País com políticos muito pequeninos, mesmo que encham os discursos solenes em dias especiais com a palavra decência.
Este país fede por todos os lados... porque ao mais alto nível, a asneira é compensada. Citando o dramático apelo de Cavaco Silva, "foram ultrapassados os limites do tolerável e da decência", em finais de Setembro, é legítimo dizer que a decência já não mora no palácio no autor deste desabafo.
Portugal está, por falta de sentido de Estado, de seriedade e de maturidade, num pântano que lhe tolhe os movimentos, incitando os Portugueses à resignação e ao medo. Assim não vamos a lado nenhum.
O Presidente de República devia ter aproveitado o afastamento de Fernando Lima para ser decente, como pediu em Setembro, mas também não cedeu à tentação de entrar nesta farsa que protege e compensa os amigos, quando estes prevaricam gravemente, como foi o caso de Fernando Lima.
Depois deste acto, quantos ainda acreditam que, afinal, não são todos iguais?
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