Monday, February 19, 2007

PS: dois anos de esperança

O PS faz aamanhã. dia 20, dois anos que conquistou a sua primeira maioria absoluta em eleições legislativas, e continua em alta nas sondagens, apesar da política de consolidação orçamental do seu Governo enfrentar elevada contestação social.
Numa campanha eleitoral praticamente sem erros, José Sócrates, defendeu um "choque tecnológico" para modernizar a economia portuguesa e três promessas: crescer mais de três por cento e recuperar 150 mil postos de trabalho até 2009; e colocar o défice do Estado abaixo dos três por cento.

No plano social, Sócrates avançou apenas com uma promessa emblemática: o pagamento do complemento solidário, abrangendo até ao final da legislatura os idosos com 65 anos e com rendimento inferior a 300 euros mensais.
No que respeita ao complemento social para idosos este ano já pode receber esta prestação os cidadãos com mais de 70 anos.

Já em relação à promessa de recuperar 150 mil postos de trabalho e colocar Portugal com uma taxa de crescimento de três por cento até ao final da legislatura, o cenário continua em aberto, mas o seu cumprimento será muito difícil
Ao contrário de anos anteriores em que a consolidação financeira se fez pelas receitas extraordinárias, a meta depende agora da redução das despesas, sobretudo através da Reestruturação da Administração Central do Estado.

Para cumprir o Programa de Estabilidade e Crescimento acordado com Bruxelas em 2005, o Governo tem seguido políticas de aperto orçamental que motivam forte contestação social, entre os trabalhadores da administração pública, autarcas e utentes de serviços de saúde e de educação.

Ao nível do emprego, não se vê a luz no fundo do túnel e as previsões para este ano e 2008 mantêm o desemprego entre os 7,5 e os oito por cento.

Como se está a ver, o Governo e o PS não têm razões para fazer festa amanhã, embora seja honesto afirmar que a esperança continua em alta.

A ética também obriga a que o balanço se faça no fim do mandato e não a meio, mas o espaço de manobra dos socialistas e está na proporção inversa do aperto que os portugueses sentem.

1 comment:

Anonymous said...

bom comeco