Saturday, October 18, 2008

Braga: fazer obras é prioridade gasta




Desde o ano lectivo 2006 até agora, já encerraram no concelho de Braga oito escolas do 1.º ciclo do ensino básico. O jornal Correio do Minho, através da jornalista Paula Maia, está a mostrar-nos como estão a ser aproveitadas as estruturas destes estabelecimentos de ensino, alguns sujeitos a obras de intervenção pouco antes de encerrarem portas.

No que se refere à escola de Macada, em Vimieiro, já está decidido que acolhe o Grupo Folclórico. Foi uma das primeiras escolas do concelho de Braga a encerrar por falta de alunos, após ter sofrido obras de requalificação.

A Escola da Bela Vista, em S. Pedro d’Este, encerrada no passado ano lectivo, será destinada para fins sociais.
Composta por duas salas de aula, refeitório e uma sala que outrora serviu de mediateca, também sofreu avultadas obras em 2005 que a dotara de “muito boas condições”.

Também a Escola dos Pardieiros, em Penso S. Estêvão, foi uma das primeiras escolas a encerrar em Braga, após requalificação que custou 125 mil euros. Agora vai gastar-se mais dinheiro para adaptar a antiga escola a Centro de Dia.
Estamos perante consequências de dois factos negativos: o primeiro consiste na falta de alunos tem ditado o encerramento de escolas no 1.º ciclo do ensino básico em todo o país.

O segundo facto negativo é a comprovada falta de planeamento dos investimentos: gastaram-se várias centenas de milhares de euros em obras que permitiram a construção de refeitórios, cozinhas, espaços desportivos para fechar um ou dois anos depois, quando a tendência de alunos evidenciava a sua vertiginosa queda.

Depois de tantos colóquios, de tantos alertas antes de começarem os mandatos nos programas eleitorais, os nossos autarcas continuam a dar prioridade a obras, quando lhes pediram para dar prioridade às pessoas.

As necessidades de recreio, de cultura, de desporto, de lazer, de apoio solidário dependem de obras mas satisfazem-se sobretudo quando os autarcas perceberem a necessidade de congregar vontades, dinamizar associações e mobilizar os cidadãos.

É um trabalho mais difícil que dar trabalho aos empreiteiros? É, mas é mais rentável para a qualidade de vida das pessoas.
Investir em obras nas escolas condenadas a fechar pode ter sido o primeiro passo da sua condenação política se não ressuscitarem novos modelos de intervenção pública que dêem vida aos recintos culturais, desportivos e equipamentos de lazer, quanto deles fechados, inactivos e abandonados.

Tantas vezes alertamos para este mofo que invade centros culturais, para ervas e arbustos em campos de futebol e piscinas e polivalentes sem actividade.

É urgente instituir outras "comissões" que dinamizem actividades para a comunidade. Só se fará se abandonarmos a prioridade às comissões de obras. Ainda estão a tempo de recuperar estes anos de espera de modo a evitar mais uma oportunidade perdida.

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