Thursday, January 24, 2008

Após Chaves, pode ser Braga

À medida que os anos passam, cresce a dificuldade em entender a nossa relação com o Estado e qual a relação do Estado com cada um de nós.

Nunca se debateu tanto como hoje — à esquerda e à direita — qual é o papel do Estado.

O Estado não faz o que deve na educação, na Justiça, no ambiente e na saúde e anda a meter-se onde não deve.

O espectáculo deprimente da saúde, nos últimos meses, traduz um recuo evidente do Estado nas suas funções básicas, entregues pela Constituição.

Mas esse Estado, não cumpre os seus deveres, manda os seus funcionários e fiscais invadir a intimidade dos cidadãos em nome da segurança e… da saúde pública.

Como escrevia João César das Neves, “enquanto aliena funções fundamentais, a crescente máquina estatal atarefa-se a tratar da violência doméstica, dos galheteiros nos restaurantes, embalagens de brinquedos.

Proíbe o fumo, o ruído e o excesso de velocidade, promove o aborto e facilita o divórcio. Dizemos ser um país livre, mas é impossível a matança do porco, brindes no bolo-rei, ou termómetros de mercúrio”.

É para isto que os portugueses pagam impostos e verem abrir um hospital privado logo a seguir ao fecho de uma unidade pública de saúde?

Em Braga também já estão a construir um novo hospital privado, em Nogueira.

Sobre o que compete ao Estado, está tudo como dantes… Estejam atentos para que não aconteça como em Chaves.

Que está por trás de tantos adiamentos? Pode ser par depois dizerem que já não faz falta.

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