Palavras sobre bracarenses que fazem, porque há gente fantástica, não há? Há, a começar por ti.
Wednesday, November 12, 2008
Viana: desinteresse público
O concelho de Viana do Castelo fica arredado da distribuição de dezenas de milhões de euros que o QREN tem previsto para o distrito. É um caso exemplar de subjugação dos interesses públicos aos desejos incoerentes de um autarca.
O Governo já reafirmou que as únicas entidades que procederão à gestão descentralizada do quadro comunitário são as associações de municípios. Viana do Castelo excluiu-se da Comunidade Intermunicipal do Alto Minho e arrasta-se num referendo cuja pergunta foi chumbada no Tribunal Constitucional.
Desenvolvimento económico, educação, cultura, património e turismo, acção social, desporto, ambiente e saneamento básico são algumas das áreas de intervenção que as autarquias elegeram como prioritárias na candidatura ao QREN, avaliada em mais de 400 milhões de euros.
Apesar de uma posição de princípio que é válida (o voto de Viana não pode equiparar-se ao de outros concelhos, devido ao número de eleitores), o presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo está a alimentar uma posição de teimosia arrogante e incoerente que leva a sua Princesa do Lima ficar de fora da nova organização composta por nove dos dez concelhos do distrito.
Mesmo os mais indiferentes face aos destinos e ao desenvolvimento de Viana do Castelo devem ficar sinceramente preocupados com Viana, que está a isolar-se em termos políticos e a desperdiçar lugares de decisão e de diálogo privilegiado com o Governo, sem qualquer razão que o justifique.
Para avaliar da "absurdez" a posição assumida pelo socialista Defensor Moura, bastaria dizer que é a única do país a contestar a nova lei do associativismo municipal proposta pelo Governo PS.
A posição de Viana do Castelo no que respeita à nova lei do associativismo municipal é um caso único no universo nacional de 308 municípios e revela falta de humildade democrática.
Além de absurda, a posição de Defensor Moura leva a um beco sem saída quando se fala de coerência.
Porque é que o autarca socialista não aceita esta fórmula de associativismo intermunicipal quando conviveu com ela na comunidade intermunicipal do Vale do Lima, durante vários anos?
Há uma razão para isto: Defensor Moura coloca os seus caprichos pessoais acima dos interesses dos vianenses. Desta forma, assume-se como o principal responsável pela travão ao desenvolvimento e investimentos na sua terra.
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