O Cardeal Patriarca de Lisboa, D. José Policarpo, defensor de um novo papel da Igreja na sociedade portuguesa voltado para a missão e serviço e não de poder, constitui uma das raras figuras incontornáveis da nação lusitana
D. José Policarpo comemora domingo os trinta anos da sua ordenação episcopal como bispo auxiliar de Lisboa, sustenta que a Igreja não pode estar numa perspectiva de quem joga num equilíbrio de poderes, essa não é a nossa óptica. A Igreja deve ser autêntica no serviço que presta e deve exigir, esperar (…) da sociedade como um todo e do poder político que respeite a liberdade de consciência, que significa também a liberdade de missão.
Ao longo da sua missão episcopal, o Cardeal Patriarca de Lisboa tem respondido à necessidade de consciencializar os cristãos que a Igreja é uma obra de todos.
Ora essa tarefa exige uma mudança de mentalidade por parte da hierarquia tendente formar um laicado cristão ou seja, não olhar os leigos com desconfiança ou indiferença diante das suas capacidades e dos seus dons.
Aliás, D. José Policarpo sabe que uma das coisas mais perigosas que há na Igreja reside nas pessoas que querem estar na Igreja mas não percebem o que é Igreja
Em trinta anos de ordenação, D. José Policarpo assistiu a muitas mudanças na sociedade portuguesa, em Igreja sofreu as próprias convulsões e as próprias tensões da sociedade mas nunca perdeu a serenidade.
Para ele, continuam a ser fundamentais ou divinas a liberdade de consciência, a liberdade de expressão, direitos que integram a sua cartilha fundamental de cidadania eclesial.
Infelizmente, nem todos os altos responsáveis da Igreja Católica assimilaram ainda estes direitos fundamentais. D. José Policarpo constitui um farol da Igreja portuguesa na medida em que se preocupa mais com o que a Igreja tem de fazer por si e dentro de si próprio do que em arremessar pedras ao papão do secularismo que parece devorar a sociedade portuguesa.
Se é verdade que mais de oitenta por cento dos portugueses se declaram católicos, também é certo que a esmagadora maioria deles tem uma relação com a Igreja que não ultrapassa as festas do baptismo e do casamento, o que acentua o divórcio entre os portugueses e o cristianismo.
É esse trabalho de casa que falta fazer à Igreja Católica para ser bem recebida em casa alheia.
3 comments:
that doesn't happen everyday. wish you all the best.
Probably I can say with this blog make, more some interesting topics.
Obrigada por dares a conhecer o teu blog!!;)
Pelo menos ha algo em comum ao meu cantinho perfumado..."Total Eclipse of the heart"..;)
O Cristianismo... tema interessante nos dias de hoje!
Gostei d que li... voltarei!!
Beijo perfumado*
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