Palavras sobre bracarenses que fazem, porque há gente fantástica, não há? Há, a começar por ti.
Saturday, March 1, 2008
Braga: capital da... axxónia
Depois do fantástico mimetismo da comunicação social que começou a escerever Estádio Axxa em vez de Estádio Municipal de Braga, o seu verdadeiro nome e no qual são confirmados tantos prémios de arquitectura que fazem passar para segundo plano aquela maravilhosa obra de engenharia, Braga está a tornar-se na capital da parolice, "non-sense" e num sítio queirosiano e cada vez mais mal frequentado.
Em tudo quanto é rotunda, se vão colocando postes de informação a quem vem de fora e quer circular e chegar ao destino que procura, como se presumiam, a avaliar pelos concursos públicos municipais. Mas não. O destaque — que devia ser dado à informação — foi dado à seguradora: o seu nome aparece em caracteres e cores (maiores e mais vistosas) que aqueles que possuem o nome das ruas e das instituições.
Os escuteiros indignaram-se com o anúncio da parvónia e muito bem, porque a criatividade publicitária tem os limites do respeito pela dignidade dos outros.
Mas os bracarenses não. Passam indiferentes diante desta miríada de atentados perpetrados à paisagem visual da cidade. Limitam-se a dizem umas palavras impublicáveis e seguem viagem...
O que se passa por exemplo, na rotunda frente à Igreja de Maximinos é de uma parvoíce confrangedora.
Um aprendiz de marketing devia saber — e também — perceber que a saturação da mensagem e da imagem provoca náusea no destinatário.
O astuto criativo desta sinalização — aprovada pelo Município que também não tem perdão pois o dnheiro não pode ser o primeiro critério a nortear as políticas — não terá noção do mau gosto? O mau gosto mesmo que aprovado por uma maioria não deixa de ser mau gosto.
Segundo os responsáveis municipais, a ideia era uniformizar a sinalética com mobiliário urbano apelativo.
Alguém pode dizer-nos que aqueles 'chapéus' de publicidade são apelativos ou estão a enfiar-nos um barrete com o qual a cidade tem de aguentar durante 15 anos?
M’Espanto às vezes, outras m’avergonho — como diria o grandes escritor Sá de Miranda se um dia destes se levantasse do sepulcro em Amares e viesse vistar Braga por estes dias.
Espantava-se que existisse uma Câmara a aprovar esta campanha de mau gosto e avergonhava-se por terem transformado a capital do Conventus Bracaraugustanus na capital da... axxónia.
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