Tuesday, April 15, 2008

Quando Shakespeare falava da Madeira


O Funchal está a celebrar 500 anos da sua fundação, quando os primeiros colonos ali se instalaram, idos do Continente, e a transformaram num celeiro.

Nos séculos seguintes assiste-se à nova realidade, a do Vinho da Madeira, que se torna um produto de exportação importante para a Inglaterra", até citada em algumas obras de Shakespeare.

No século XX, o Funchal passa a ser uma cidade moderna e depois de 1974 que se assiste a um projecto autonómico interessantíssimo que transforma totalmente a ilha e o Funchal de cidade romântica do séc. XIX, numa capital que tenta ser competitiva, atractiva e moderna.

Foi através do comércio do açúcar e do vinho que o Funchal se tornou um importante porto de escalas das rotas atlânticas para onde vieram numerosos mercadores estrangeiros desde os genoveses aos ingleses, com o comércio do vinho.

Por isso, nesta data solene custa a entender que Cavaco Silva, ao visita a Madeira aceite não ser recebido pela Assembleia Regional numa cedência inesperada a Alberto João Jardim.

A Assembleia Regional Legislativa é o primeiro órgão de governo próprio da região autônoma e constitui o mais sublime representante da vontade do povo da Madeira

O silêncio e a cedência de Cavaco Silva assumem maior gravidade face às afirmações do presidente do Governo Regional que ofendem a Assembleia Legislativa, o Presidente da República e o Estado de direito democrático.

Recorde-se que o presidente do PSD/Madeira e do Governo Regional da Madeira justificou esta decisão para evitar que o Presidente da República tivesse uma péssima imagem da Madeira mostrar o bando de loucos que está dentro da Assembleia Legislativa.

Alberto João Jardim citou os deputados da oposição como "o fascista do PND, o padre Egdar (do PCP)" e "aqueles tipos do PS".

O presidente da República ouviu, não se demarcou e assobiou para o Oceano Atlântico, colocando-se ao mesmo nível de Alberto João Jardim, aninhado, de cócoras. Mesmo depois de ser tratado como "sr. Silva"

Ser ou não ser... democrata, eis a questão que Cavaco Silva não teve coragem de colocar durante esta visita.

1 comment:

Anonymous said...

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