O Papa Bento XVI pediu aos bispos portugueses que é preciso mudar o estilo de organização da comunidade eclesial e a mentalidade dos seus membros para se ter uma Igreja ao ritmo do Concílio Vaticano II”.
Alguns ficaram surpreendidos com este raspanete abençoado do sucessor de Pedro quando o que nos devia surpreender é que tenha sido necessário ir a Roma para perceber que os bispos portugueses vivem distantes do Povo de Deus, não escutam as pessoas, têm medo da inovação, e temem os desafios feitos há dois mil anos no Evangelho, a nova lei.
Os bispos portugueses foram de mãos vazias. Partiram para esta visita sem terem feito inquéritos aos fiéis sobre qual o sentir destes e destas em relação à acção da Igreja como instituição e como testemunho de Cristo.
Depois esconderam outras verdades ao Papa: não lhe disseram que eles, Bispos, vivem em círculo fechado, se mperceber o sentir dos crentes, na sua variedade e amplitude.
Como dizia o leitor do jornal ‘Público’, “nesta visita, Roma ficou a saber o que os bispos pensam das suas dioceses. Tudo bem. Mas como é que consegue saber o que é que as dioceses pensam dos seus bispos?»
A frieza dos números ajuda a perceber a necessidade urgente de mudança: o “guia” da Igreja Católica de Portugal a quebra progressiva do número de Baptismos e de ordenações sacerdotais que ficam a metade dos padres que morrem.
A Prática Dominical, em 2001, mostrava que oito em cada dez portugueses não vai à Missa.
As celebrações continuam a ter pouca beleza. As homilias são mal preparadas pelos padres. A música litúrgica não sobe de qualidade e a oferta de celebração não é a mais adequada.
Os bispos portugueses podem ficar descansados enquanto virem multidões nas procissões ou grandes festas? Isso, muitas vezes, não passa de uma mera religião natural que tem pouco fundamento cristão e evangélico.
É urgente o novo ritmo e o novo estilo que o Papa pediu aos bispos portugueses.
Os bispos sabem que o Espírito Santo não pode fazer tudo se eles não quiserem nada e continuarem a ver adversários em todas as esquinas quando deviam ver ovelhas que fugiram do rebanho e é preciso ir ao encontro delas.
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